Projeto do Waze está por um fio?

Visando melhorar e aumentar a produtividade do seu time de desenvolvedores, a Google planeja fazer uma integração entre dois times que trabalham com projetos muito conhecidos do público em geral.  As equipes do Waze e Google Maps.

Recentemente a Google divulgou que pretende unir esses dois times em uma tentativa de reduzir os custos e, buscando uma forma de otimizar a produtividade. Esta decisão, porém, acende um sinal de alerta com relação ao futuro do aplicativo Waze. 

Mesmo com a união das duas equipes, o que sabemos até o momento é que o Waze continuará funcionando em um formato independente do serviço de localização da Google, o famoso Google Maps.

Waze – Um pouco de História

O Waze surgiu em 2008 através de um projeto de startup e tornou-se rapidamente conhecido pelo seu aplicativo que permitia além do mapeamento, também a navegação por GPS. O aplicativo funciona de maneira colaborativa em tempo real e possui versões tanto para Android como para iOs.

Como já era esperado e ocorre regularmente com bons projetos de startup, o Waze foi comprado pelo Google em 2013. Aproveitando a compra do Waze, o Google também realizou melhorias no seu serviço de geolocalização, o Google Maps.

Os recursos disponibilizados pelo Waze, vão desde alertas de radar com limite de velocidade, possíveis trechos engarrafados, e a possibilidade de escolher a melhor rota possível para chegar ao destino escolhido.

Fonte da Imagem: FreePik – Projeto Waze

O Waze está realmente com os dias contados?

A junção dos times do Waze e Google Maps incorporou aproximadamente quinhentos colaboradores que trabalhavam no projeto de desenvolvimento de aplicativos para GPS (Google Geo), que, além de responder pelo Google Maps, também respondiam pelo Google Earth e pelo Street View.

De acordo com Caroline Bourdeau, relações públicas do Waze, a Google pretende manter o foco na marca apoiando a comunidade do aplicativo construída com o passar dos anos e garante que nada mudará.

Informa ainda que, a junção dos times trará benefícios para o Waze, pois o mesmo terá acesso às tecnologias usadas pelo Google Geo e estará trabalhando diretamente com o time antes responsável pelo Google Earth e pelo Street View, além do Google Maps.

Porém, o cenário real que se apresenta, parece apontar um outro rumo do que o descrito por Caroline Bourdeau. Uma das primeiras decisões tomadas após essa reestruturação foi o início de um processo gradual de afastamento de Neha Parikh, CEO do Waze. Vislumbra-se também a junção dos 2 apps em apenas um para otimizar custos operacionais.

Contenção orçamentária do Google pode ultrapassar o Projeto Waze?

Comenta-se que para os próximos meses, poderão ocorrer mais mudanças além da junção das equipes do Waze e do Google Maps. O motivo aparente são os resultados financeiros aquém do esperado apresentados pela Google no ano de 2022. O motivo deve-se, principalmente, à diminuição do número de anúncios veiculados nas suas plataformas.

Após a divulgação dos dados financeiros mais recentes, referentes ao terceiro trimestre, que foram disponibilizados em setembro, o CEO do Google, Sundar Pichai informou a intenção de desaceleração nos planos de expansão da empresa.

O foco agora estaria em procurar maneiras de fazer com que a empresa se torne mais produtiva para alavancar resultados financeiros mais promissores nos próximos períodos. Uma das metas para alcançar esses objetivos estaria a junção de equipes, como por exemplo a que aconteceu entre o Waze e Google Maps.

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Considerações Finais (Nossas Impressões Digitais)

Com este cenário exposto, não causará admiração alguma a possibilidade de mais equipes do Google seguirem o mesmo caminho dos times do Waze e do Google Maps, embora, nada esteja confirmado nesse sentido.

Portanto, 2023 é um ano que promete um cenário de muitas incertezas com relação às decisões sobre os caminhos futuros que irão percorrer os executivos do Google. Em princípio, ainda não se cogita a possibilidade de demissões.

Porém, todos sabemos que, em linhas gerais, a área de tecnologia tem passado por um período de grandes cortes de mão de obra em massa. Vejamos por exemplo o caso mais recente do Twitter. Portanto, não está descartada a possibilidade do Google seguir a linha do Twitter.

Maximizar lucros parece ser o foco principal da maioria dos empreendedores, mesmo que para isto tenha que se fazer a opção de minimizar recursos (principalmente recursos humanos). Porém, corre-se o risco de também se perder qualidade nos serviços prestados.