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Pró-Natalismo e a adesão dos bilionários

Pro-Natalismo e a Adesão dos Bilionários

Por que o Pró-Natalismo desperta tanto a simpatia dos bilionários e das elites mundiais? Não é de hoje que o homem busca uma forma de aumentar significativamente a longevidade. Porém, até o momento, apesar dos avanços biotecnológicos, todas as pesquisas nesse sentido se mostraram infrutíferas.

O Pró-Natalismo tem despertado a atenção de muitas pessoas principalmente por ser um tema simpático aos bilionários. No entanto, ainda é um assunto pouco divulgado e, um tanto quanto controverso.

A preocupação com o legado que iremos deixar para as gerações futuras é algo que desperta o interesse de todo ser humano. Não seria diferente no que diz respeito às elites e aos bilionários do planeta.

Podemos citar por exemplo o dono da Amazon (Jeff Bezos) que investiu bilhões de dólares em algumas empresas para pesquisas de biotecnologia no sentido de aumentar a longevidade. Apesar de algumas vitórias no combate a doenças específicas, não houve grandes avanços no aumento da longevidade.

O que tem a ver o Pró-Natalismo com longevidade? Esta seria no mínimo uma pergunta plausível. Em virtude dos insucessos na busca pelo rejuvenescimento e/ou no mínimo, um retardamento prolongado do envelhecimento, os bilionários aderiram a ideia do Pró-Natalismo.

Além de Bezos, alguns outros nomes influentes já demonstraram sua simpatia pelo Pró-Natalismo como o bilionário Mark Andreesen, o colunista do New York Times Ross Douthat e o casal Malcolm e Simone Collins. 

Na ausência de avanços significativos nas pesquisas no campo do rejuvenescimento e/ou do aumento da longevidade, os olhares se voltam para algo mais palpável no momento que seriam os descendentes diretos.

Segundo o pensamento das elites e dos poderosos bilionários, a transmissão de seus DNAs superiores para as gerações futuras garantirá como prêmio de consolação a continuidade de hegemonia conquistada por eles.

Origem do Pró-Natalismo

O surgimento do Pró-Natalismo se deu na França. O então Rei Luís XIV partia do princípio de que a ordem do patriarca representava um fundamento social. Com esta concepção em mente, o Rei Luís XIV privilegiava os homens com mais de dez filhos legítimos.

De acordo com relatórios oficiais das Nações Unidas, mais de 25% dos países do mundo contam com algum tipo de incentivo ao Pró-Natalismo em sua legislação. Tais incentivos vão desde tratamento de infertilidade até valores monetários para os que desejam ter uma quantidade maior de filhos.

Neste contexto e com os avanços tecnológicos surge uma outra variável no mercado que são as empresas de reprodução assistida. A indústria da fertilização tornou-se então um segmento a ser explorado por investidores que, segundo estudos da Research and Markets, pode chegar à estrondosa marca de setenta e oito bilhões de dólares em 2025.

O Pró-Natalismo parte do princípio de que uma queda constante da natalidade em alguns países de regiões europeias, bem como nos Estados Unidos pode proporcionar uma extinção de culturas, além de colapso econômico e, quiçá, até de civilizações.

Fonte da Imagem: FreePikPro-Natalismo e a Adesão dos Bilionários

O paradoxo do Pró-Natalismo

A ideia central do Pró-Natalismo é manter uma reprodução massiva para evitar um possível declínio da população. Porém, neste contexto, a qualidade de vida passa a ser um fator secundário. Evitar um declínio populacional às custas da qualidade de vida pode não ser uma boa ideia a longo prazo.

Atualmente algumas empresas de fertilização assistida oferecem testes que permitem aos pais escolher entre os “melhores” embriões disponíveis, além de ter acesso a testes que podem evitar possíveis doenças poligênicas, como também hereditárias.

Um alerta com relação ao paradoxo que o Pró-Natalismo coloca diante de nós, diz respeito ao perigo de se incorrer em uma nova onda de eugenismo como aconteceu na Segunda Guerra Mundial. A ideia obsessiva de transmitir apenas os melhores genes de forma a manter para as gerações futuras apenas as melhores características.

Qual a relação entre Eugenismo e Pró-Natalismo?

Etimologicamente a palavra “Eugenia” surgiu do grego e denota o significado de “bem nascido”. A teoria do eugenismo defende uma seleção de seres “superiores” para se reproduzirem entre si, aperfeiçoando assim, as futuras gerações. É basicamente o conceito de “seleção natural das espécies”.

Se por um lado o conceito visa uma evolução da espécie humana, por outro, escancara um racismo velado, além de um terrível problema social onde os socialmente marginalizados seriam drasticamente afetados, visto que os mesmos, são tidos como “indesejáveis” para a sociedade.

Essa lógica de raciocínio apresentou ao longo da história diversas consequências sociais. Por exemplo, nos Estados Unidos a teoria do Eugenismo serviu de base para a criação de leis que proibiam o casamento entre raças diferentes. Motivou também a esterilização de mulheres latinas, indígenas e/ou negras para que as mesmas não se reproduzissem. 

Para as elites e bilionários defensores do Pró-Natalismo, a lógica seguida é basicamente a mesma do Eugenismo. Eles acreditam que devem combater um possível colapso econômico e social que poderá ocorrer em função das baixas taxas de natalidade dos países desenvolvidos.

Porém, os descendentes que estariam aptos a enfrentar esses problemas, seriam os “geneticamente superiores” aos demais seres humanos. Pois, somente os “melhores” seriam capazes de combater as ameaças do futuro.

Caso os cientistas das pesquisas de reprodução assistida consigam sucesso na tentativa de criar embriões a partir de células tronco em combinação com uma seleção genética aprimorada, os pais passariam a ter a possibilidade de escolher uma espécie de “bebê ideal” em uma grande quantidade de opções possíveis.

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Considerações Finais (Nossas Impressões Digitais)

É natural que todo ser humano tenha, de uma forma ou de outra, sentimentos que o norteiam para questionamentos sobre a perpetuação da espécie. O desejo de deixar um legado para as gerações futuras é completamente compreensível.

Assim como também a nossa vontade intrínseca de estar sempre no controle de tudo. Manter o controle nos transmite a sensação de segurança. Porém, a busca pelo controle de tudo nos conduz a movimentos no mínimo controversos sob o ponto de vista ético como, por exemplo, o Eugenismo e o Pró-Natalismo.

O controle sobre a evolução e a perpetuação da espécie humana foge completamente ao nosso domínio. Podemos pagar um preço muito alto ao tentar desafiar a morte e buscar viver para sempre. A ideia do homem querendo brincar de Deus pode nos trazer consequências desastrosas. Afinal, quem brinca com fogo, acaba se queimando.

ESCRITO POR LUIZ JR

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